O governador da Califórnia, Gavin Newsom, vetou na sexta-feira (22) o projeto de lei que visava impedir caminhões autônomos sem motorista de segurança de operar no estado. Para o líder, "o quadro regulatório existente que rege a tecnologia já é o suficiente no momento".
O que você precisa saber:
- O Projeto de Lei 316 da Assembleia da Califórnia exige a presença de um motorista humano treinado em veículos autônomos com peso superior a 10.001 libras (4,54 toneladas);
- Embora o PL seja apoiado por trabalhadores da indústria, o veto é um alívio para empresas que desenvolvem tecnologia autônoma para transportar mercadorias nos Estados Unidos;
- Muitos estados dos EUA, como Texas e Arkansas, permitiram o teste e a operação de caminhões autônomos, mas a Califórnia barra veículos pesados com mais de 10.001 libras — uma restrição que se tornou o PL e vem tentando ser derrubada pelo Departamento de Veículos Motorizados.
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Considerando o quadro regulatório existente que rege atualmente e suficientemente esta tecnologia específica, este projeto de lei não é necessário neste momento.
Gavin Newsom, governador da Califórnia.
De acordo com a Reuters, o veto ainda pode ser anulado, a depender da votação do legislativo. No entanto, o tipo de reação contra vetos de governadores é rara no estado e não acontece na Califórnia desde 1979.
Entenda o conflito em pontos:
- Para os defensores dos chamados caminhões-robô, o projeto de lei prejudicaria as chances de conquistar o transporte autônomo de mercadorias, como, por exemplo, dos movimentados portos marítimos no sul da Califórnia para locais em todo o estado;
- Isso faria com que futuros investimentos em infraestruturas autônomas fluíssem para outros estados;
- Já para os sindicatos liderados pela Irmandade Internacional dos Caminhoneiros, os caminhões autônomos não são seguros e levariam à perda de empregos;
- Newsom pontuou em seu veto que quaisquer regulamentações elaboradas seriam transparentes, com contribuições de partes interessadas e especialistas para garantir a segurança;
- Ele também instruiu a agência de desenvolvimento do trabalho e da força de trabalho a desenvolver recomendações para mitigar qualquer impacto potencial nos empregos.
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Olhardigital