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Líbano precisa de remédios e alimentos e conta com o Brasil, diz embaixador

Joseph Sayah afirmou em entrevista ao G1 que conversou com Bolsonaro, Ernesto Araújo e parlamentares sobre assunto. Para ele, explosão não poderia ter acontecido 'em [...]

Por Redação em 06/08/2020 às 13:30:49
Joseph Sayah afirmou em entrevista ao G1 que conversou com Bolsonaro, Ernesto Araújo e parlamentares sobre assunto. Para ele, explosão não poderia ter acontecido 'em pior momento'. Líbano precisa de remédios e alimentos e conta com o Brasil, diz embaixador

O embaixador do Líbano, Joseph Sayah, afirmou nesta quarta-feira (5) que o país precisa de insumos hospitalares, alimentos e materiais de construção e conta com a ajuda do Brasil.

Nesta terça (4), uma explosão em Beirute, capital do país, deixou mais de 100 mortos e cerca de cinco mil feridos. A suspeita é que a explosão tenha ocorrido em um armazém que guardava nitrato de amônio, uma substância inflamável.

Em entrevista ao G1, em Brasília, Joseph Sayah disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro, com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com parlamentares.

"Em primeiro lugar, precisamos, mais urgentemente, suprimentos cirúrgicos, medicamentos. Temos mais de cinco mil feridos, precisamos cuidar desse número grande. E, ao mesmo tempo, vários hospitais foram danificados por causa da explosão. Precisamos de todo tipo de alimentos", disse Sayah.

O embaixador afirmou que o Líbano é um país que importa cerca de 80% de suas necessidades, e que o porto de Beirute é um local de "armazenamento enorme".

"Essa explosão quase destruiu uma cota de mais de três meses de suprimentos. Precisamos de ajuda alimentar rápida [...]. E precisamos de ajuda de material de construção, porque milhares de casas e apartamentos foram destruídos, paredes, portas e vidros. Temos mais de 260 mil pessoas sem abrigo", afirmou o embaixador.

Segundo o diplomata libanês, o governo brasileiro tem falado em um pacote inicial de cerca de 20 de toneladas de suprimentos, mas as partes ainda não entraram em detalhes específicos. "Acho que amanhã [quinta-feira] tudo vai ficar mais claro", disse.

Após explosão, responsáveis pelo porto de Beirute são postos em prisão domiciliar

Momento 'não pode ser pior'

Sayah afirmou que o Líbano atravessa uma crise econômica, enfrenta insatisfações populares e foi atingido pela pandemia do novo coronavírus. Para o embaixador, o acidente não poderia ter acontecido em um momento pior.

"Em primeiro lugar, o Líbano entrou numa fase de manifestações populares contra o governo anterior e a situação econômica foi afetada bastante e, ao mesmo tempo, chegou a pandemia que está afetando o mundo inteiro. O Líbano está tentando resistir. Agora, chegou esse acidente horrível ontem. Então, não [poderia ser] em momento pior", declarou.

Em relação ao acidente, o diplomata disse que há "várias teorias" sobre o que pode ter acontecido.

"Eu ainda vou chamar de acidente, mas houve várias hipóteses e teorias que estão circulando. Algumas dizem que foi atentado. Eu não posso confirmar e nem negar. Houve uma explosão em um depósito. Agora, o porquê ninguém sabe. Vamos aguardar as investigações", afirmou.

"Estamos [o Líbano] no Oriente Médio. Tudo vai pegar uma forma política, mas não sabemos. Não sabemos nada", emendou.

Imagens de satélite mostram região portuária de Beirute antes da explosão, em 31 de maio de 2020, e depois, em 5 de agosto

Planet Labs Inc. via AP

Joseph Sayah disse também que os responsáveis serão identificados e vão ser punidos: "Enfrentarão a Justiça", declarou.

"É importante o trabalho da comissão de investigação. O país está esperando saber o que aconteceu. O povo quer saber o que aconteceu. Porque não foi uma coisa pequena. O porto de Beirute foi quase destruído, não sei quanto tempo vai ficar parado. E também afetou uma área residencial, uma área enorme. Perdemos 135 mortos e temos mais de cinco mil feridos", afirmou o embaixador.

Sobre as vítimas, Sayah disse que não conhecia nenhuma pessoalmente, mas acrescentou: "Sinto que conhecia [os mortos] todos".

Ele afirmou também que o Líbano já foi destruído "cinco, seis vezes" e que foi "reconstruído melhor" e ele acredita que isso acontecerá novamente. "O povo libanês já sofreu muito por causa dos outros. Não precisamos sofrer mais. Espero não enfrentar mais dificuldades", disse.

O embaixador lembrou que a comunidade libanesa no Brasil é muito grande. Segundo ele, mais de 10 milhões de libaneses e descendentes vivem no Brasil. Quantitativo maior, inclusive, do que o de cerca de 7 milhões de pessoas que vivem no país do Oriente Médio. "Foi muito bom ver o carinho dos brasileiros com o Líbano", concluiu.

Detalhes da explosão em Beirute

Guilherme Luiz Pinheiro/G1

Fonte: G1

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