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Ufal diz que vai investigar aparente fraude no sistema de cotas; denĂșncia mostra alunos brancos ocupando essas vagas

Por Ascom Ufal em 05/06/2020 às 16:07:28

Circulou nas redes sociais ontem (04) publicações de um perfil no Twitter que mostravam que estudantes brancos entraram na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) por meio de cotas. As denĂșncias de fraude no sistema de cotas fizeram a UFAL se posicionar por meio de nota. A instituição repudiou "qualquer ilação que não corresponde ao aprimoramento constante das polĂ­ticas e dos procedimentos de verificação" e disse que vai tomar as medidas necessĂĄrias para assegurar a correta e digna aplicação das polĂ­ticas de ações afirmativas.

Confira a nota na Ă­ntegra:

- A Ufal, enquanto maior instituição de ensino superior pĂșblico de Alagoas, entende e defende a adoção de polĂ­ticas afirmativas para graduação e pós-graduação, dada à realidade socioeconômica do Estado e como também uma forma de reparação de uma dĂ­vida histórica e de justiça social, que conduz à redistribuição das condições e oportunidades sociais. A instituição discute permanentemente – sempre com a participação dos coletivos - o melhoramento desta polĂ­tica, desde o inĂ­cio de sua implementação no ano de 2003, quando aprovada pelo Conselho UniversitĂĄrio da Universidade Federal de Alagoas (CONSUNI-Ufal) por meio da Resolução nÂș 33/2003. A Ufal deliberou pela aplicação de 20% de suas vagas para os candidatos que se autodeclarassem negros e que tinham formação em escola pĂșblica jĂĄ no vestibular (PSS) realizado em 2004, para ingresso no ano de 2005. Dentro dos 20%, havia uma divisão por gĂȘnero, sendo 60% das vagas para mulheres e 40% para os homens afrodescendentes. Esta decisão foi posteriormente respaldada por decisão judicial do Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ÂȘ Região - TRF5. JĂĄ em 2011, com a adoção do Enem para ingresso exclusivo, a Ufal ofertou 20% das vagas, aumentando o percentual nas edições posteriores do Sistema de Seleção Unificada (SiSu) até chegar a 50%.

- Até o ano de 2018 prevalecia nos processos seletivos a autodeclaração. A partir do ano de 2019 foi iniciado o processo de validação dos estudantes inscritos por cotas étnico-raciais, com participação de banca de validação para candidatos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (SiSu) do Ministério da Educação para ingresso na Universidade. A competĂȘncia para coordenar a validação de autodeclaração étnico-racial dos candidatos nas demandas para candidatos negros (pretos e pardos - PP) ou indĂ­genas (PPI) coube à Comissão de Heteroidentificação com posterior verificação de atendimento a oito demandas: realização do ensino médio integral em escolas pĂșblicas; também a renda familiar per capita inferior ou igual a 1,5 salĂĄrio mĂ­nimo, entre outros estabelecidos nos editais de ingressos para os cursos de graduação da Ufal, por meio do Sisu. O edital contava também com reserva de vagas para pessoas com deficiĂȘncias, fazendo uso de comissão especial para esta verificação.

- A Ufal se comprometeu com as polĂ­ticas de ações afirmativas também nos cursos de pós-graduação, em audiĂȘncia pĂșblica promovida no ano de 2017, culminando com a aprovação com a Resolução nÂș 86/2018 do Conselho UniversitĂĄrio da Universidade Federal de Alagoas (CONSUNI-Ufal).

- O Programa de Ações Afirmativa da Universidade Federal de Alagoas, foi fundado em quatro pilares: acesso, permanĂȘncia, produção de conhecimento e formação docente para temĂĄtica. Foi com base nesses pilares que a Ufal incluiu, nos Ășltimos 15 anos, cerca de 25.000 mil estudantes.

- A Reitoria da Ufal rechaça toda e qualquer tentativa de desqualificar as PolĂ­ticas de Ação Afirmativas, bem como toda e qualquer atitude que atente conta os avanços alcançados na redução das desigualdades. Da mesma forma repudia qualquer ilação que a instituição não corresponde ao aprimoramento constante das polĂ­ticas e dos procedimentos de verificação.

- Dada a gravidade da denĂșncia, a Ufal usarĂĄ de todos os instrumentos legais cabĂ­veis – internos e externos - para elucidar os fatos elencados, tomando as medidas necessĂĄrias para assegurar a correta e digna aplicação das polĂ­ticas de ações afirmativas.

- As polĂ­ticas de ações afirmativas são cruciais para a redução de desigualdades históricas. A Educação transforma as pessoas e a sociedade! A Ufal não abrirĂĄ mão de defender estas polĂ­ticas e exercer seu protagonismo em favor de uma sociedade mais justa!


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