Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Política

'Não há democracia sem Poder Judiciário forte', diz Alexandre de Moraes

Ministro do STF fez afirmação na posse de Eduardo Brandão como presidente da Ajufe. Moraes é relator do inquérito que apura ameaças ao STF e disseminação de [...]


Ministro do STF fez afirmação na posse de Eduardo Brandão como presidente da Ajufe. Moraes é relator do inquérito que apura ameaças ao STF e disseminação de fake news. Ministro Alexandre de Moraes, do STF

Reprodução/TV Justça

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (3) que "não há democracia sem Poder Judiciário forte".

Moraes fez a afirmação ao participar por meio virtual da cerimônia de posse de Eduardo Brandão como novo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) - leia detalhes mais abaixo.

"Não há democracia sem Poder Judiciário forte. E não há Poder Judiciário forte sem um juiz independente, sem um juiz altivo, sem um juiz seguro", afirmou Moraes.

O ministro é relator do inquérito que apura ameaças ao STF e a disseminação de conteúdo falso na internet, o chamado inquérito das fake news.

Na semana passada, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no inquérito. Foram alvos alguns aliados do presidente Jair Bolsonaro, que criticou a operação.

Durante a cerimônia desta desta quarta-feira, Alexandre de Moraes disse que o Poder Judiciário é "imprescindível" no Estado de Direito.

"Acho que é importante aproveitar esses momentos para ressaltar a imprescindibilidade do Poder Judiciário no Estado de Direito, a imprescindibilidade do Poder Judiciário sempre e, principalmente, no atual momento brasileiro. O Poder Judiciário vem demonstrando independência, demonstrando altivez [...] não é só do Poder Judiciário, tendo que enfrentar notícias falsas, atualmente chamadas de fake news, notícias falsas que sempre rodearam o Poder Judiciário", afirmou o ministro.

"Com toda essa gama de dificuldades, o Poder Judiciário brasileiro e a Justiça Federal vêm exercendo seu papel de maneira magnífica", completou Moraes.

Posse na Ajufe

A posse do juiz Eduardo Brandão na Ajufe também teve outros discursos em defesa da democracia e do Poder Judiciário.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, por exemplo, afirmou que o momento é de "alta sensibilidade" e que a Justiça precisa ser o "guardião da ordem jurídica".

"Quero desejar ao presidente, à nobre diretoria da Associação dos Juízes Federais, pleno êxito. Que redobre os esforços, porque nós vivemos um momento de alta sensibilidade no país. Um dos compromissos com a Justiça é o de ser o guardião da ordem jurídica, e a ordem jurídica há de ser sempre democrática", disse.

O novo presidente da Ajufe lembrou que decisões judiciais devem ser cumpridas e que, quando há discordância, é preciso atuar com base nos mecanismos previstos na democracia.

"Externamos aqui a nossa total confiança na Suprema Corte de nosso país, como condutora do Poder Judiciário e como balança de equilíbrio nos momentos mais difíceis na nossa história. Não concordar com decisões judiciais é normal e até saudável no ambiente democrático, que estabelece os mecanismos corretos para a demonstração dessa discordância. As decisões tomadas existem para trazer segurança jurídica, promover a pacificação e não para gerar conflitos que possam redundar em ataques pessoais", afirmou.

Liberdade de expressão

Também ao discursar, Fernando Mendes, que deixou o comando da associação, ressaltou a livre circulação de ideias, mas destacou que o exercício da liberdade de expressão não pode permitir a tolerância com atos criminosos.

"Não se pode vedar a livre circulação de ideias, liberdade de expressão, de imprensa. E por isso a Constituição veda a censura prévia. Mas o exercício desses direitos constitucionais não significa a tolerância com a prática de atos criminosos ou a disseminação de notícias falsas", declarou.

"As decisões judiciais podem debatidas, podem ser criticadas em uma democracia constitucional, mas jamais descumpridas. Os opderes de uma República são harmônicos e independentes, convivem em um sistema de freios e contrapesos e tem seus limites definidos pela própria Constituição Federal, cabendo ao Supremo Tribunal Federal, e a mais ninguém, o papel de ser o seu guardião", completou.

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!