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Lula diz que Bolsonaro promoveu 'apagão científico' que resultou em mortes na Covid


"O resultado mais trágico desse apagão científico que estamos sofrendo hoje são os quase 680 mil brasileiros mortos pela Covid. Muitos deles porque o atual presidente ignorou todas as recomendações da comunidade científica, chegando ao cúmulo de boicotar as vacinas, que salvaram milhões de vidas ao redor do mundo", afirmou o petista.

O discurso foi feito durante encontro com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde estavam presentes também o ex-ministro de Dilma Rousseff (PT), Renato Janine Ribeiro -hoje é presidente da entidade- e Aloizio Mercadante, atual coordenador da campanha de Lula.

O ex-presidente também voltou a criticar a aprovação do teto de gastos -"que tira dos ricos para dar aos pobres"-, o chamado orçamento secreto e disse que não mais vai privatizar empresas públicas, uma das agendas econômicas do atual governo.

Para Lula, o processo de desmonte das instituições públicas começou com o "golpe", o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em 2016, e chega a seu ápice com Bolsonaro, que "colocou o Brasil numa máquina do tempo rumo ao passado".

"Fome, desemprego, destruição dos direitos trabalhistas, inflação, corrupção e ameaças à democracia são as marcas desse desgoverno que nega a ciência em todos os seus atos", disse.

Lula disse que, com a oficialização de sua nova empreitada eleitoral, não quer mais ser chamado de "pré-candidato", mas de "candidato". E ironizou o fato de Bolsonaro afirmar que não há corrupção no atual governo: "Parece que ele não sabe a família que tem".

"Para toda e qualquer denúncia perto dele, ele, por decreto, decreta sigilo de cem anos, que é uma coisa que nós vamos fazer um 'revogaço' [destas medidas]", afirmou.

Finalmente, o ex-presidente e atualmente candidato à Presidência afirmou que a ciência e o fortalecimento das universidades públicas são essenciais para o fortalecimento da democracia e da soberania nacional.

A SBPC chamou os três presidenciáveis com mais pontos nas pesquisas de intenção de votos para participar de debates, e Lula, que lidera segundo o último Datafolha, foi o primeiro. Ciro Gomes (PDT), em terceiro, marcará presença no evento nesta sexta-feira (29).

Segundo a organização do evento, Jair Bolsonaro não respondeu ao convite.

A presença no evento é um aceno de Lula à comunidade científica e marca mais uma vez oposição às posições de Bolsonaro durante a pandemia.

O atual presidente defendeu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus, como a cloroquina, foi contra o isolamento social e por diversas vezes desrespeitou o uso de máscaras faciais -todas posições criticadas por cientistas e pesquisadores.

Lula foi entrevistado pelo ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, no governo Dilma Rousseff (PT), e recebeu dele um documento com propostas de políticas públicas.

Nele, a SBPC trata de 12 temas, que "devem estar inseridos na construção, consolidação e fortalecimento da democracia e na necessidade de inclusão social".

O documento traz propostas para a condução da ciência, da educação, saúde, meio ambiente, das mudanças climáticas, da segurança pública, da diversidade de gênero e raça, da questão indígena, da cultura e dos direitos humanos.

"O objetivo é exigir dos atores que desejam ingressar ou permanecer no cenário político após as eleições de 2022 o comprometimento com essas pautas, por meio da assinatura dos candidatos", afirma o texto.

Durante seu discurso, Lula se comprometeu a ampliar o orçamento de instituições de fomento à pesquisa, como o CNPQ, direcionar uma parcela do fundo do pré-sal para a ciência, ampliar o acesso à internet banda larga e defendeu a "inclusão sócio produtiva dos povos indígenas" e agricultores familiares.

Também está na agenda do petista a convenção nacional do PSB, nesta sexta (29), partido de seu vice, Geraldo Alckmin. Ainda há algumas pontas soltas na aliança entre os dois partidos em alguns estados.

Uma delas, começou a se resolver na última quarta-feira (27), quando a cúpula do PT foi informada da retirada da pré-candidatura do ex-deputado federal Beto Albuquerque ao Governo do Rio Grande do Sul.

Segundo relato da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o PT ofereceu ao PSB a vice na chapa ao governo do estado, encabeçada pelo deputado estadual Edegar Pretto.

Na terça-feira (26), Beto admitiu à Folha de S.Paulo a hipótese de desistência. "Sem recursos, não vai", disse, reconhecendo dificuldades materiais para sua campanha. Há a expectativa que o entrave se resolva durante a passagem de Lula a Brasília.

A desistência de Beto não representaria apoio automático do PSB ao PT. No Rio Grande do Sul, uma parcela do partido trabalha por uma aliança com o tucano Eduardo Leite.

Outro ponto que ainda está em aberto é a montagem do palanque no Rio de Janeiro, tema que deve ser debatido pelos petistas na próxima semana.

A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Carlos Siqueira desembarcou nesta quarta-feira no Rio com a missão de convencer o deputado federal Alessandro Molon (PSB) a abrir mão da candidatura ao Senado em favor de André Ceciliano (PT).

Ao dissuadir Molon, Siqueira pretende esvaziar o argumento de petistas que ameaçam abandonar o palanque de Marcelo Freixo ao Governo do Rio sob o pretexto de que seu partido, o PSB, desrespeitou o acordo pelo qual, dentro da chapa, a vaga ao Senado caberia ao PT.

Ainda, Lula terá encontros e reuniões com representantes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da Confederação Nacional de Transportes e políticos aliados.

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